A Simulação contribuindo com o setor de serviços

A Simulação contribuindo com o setor de serviçosO congestionamento dos atendimentos de emergência dos hospitais é um problema que acontece em todo o mundo, o que resulta em pacientes mal atendidos ou que desistem do serviço.

Este problema pode ser resolvido através do aumento da capacidade desses centros de atendimento, seja por meio da adição de leitos, de atendentes ou pela melhoria dos processos os quais os pacientes passam.

Entretanto, não é possível se afirmar de antemão qual destas alternativas surtiria melhor efeito sobre o sistema e resultaria em um maior aumento na capacidade de atendimento.

Khare et al optou por utilizar a Simulação de Sistemas para investigar qual dessas alternativas teria melhor resultado no atendimento de centros emergenciais de hospitais. A escolha se deu pela possibilidade que ela traz de analisar o funcionamento do sistema com a interação das diversas variáveis que o compõe, permitindo que seus gargalos sejam identificados e soluções sejam propostas para eliminá-los.

O uso da Tecnologia de Simulação permite que a análise do problema possa ser conduzida sem que o sistema real seja modificado, ou seja, não é preciso que se construam novos leitos ou que se modifiquem processos sem que antes haja certeza dos resultados que estas mudanças irão acarretar.

O modelo de simulação proposto por Khare et al foi feito a partir de um hospital real, utilizando dados reais e foi validado em conjunto com a equipe do hospital.

Os resultados desta pesquisa mostraram, em contradição ao senso comum, que a adição de novos leitos não melhoraria o desempenho do setor de emergências. Em contrapartida, essa redução no tempo das pessoas no sistema seria resultado de uma melhora no desempenho do centro de atendimentos emergenciais.

Em suma, a Simulação pode contribuir com setores de serviço como o de saúde na identificação de problemas que afetam não só a organização, mas também seus usuários. É interessante notar que esta aplicação é algo ainda pouco comum no Brasil, sendo um estudo feito no Hospital Albert Einstein um dos poucos exemplos, mas que possui um potencial enorme que pode contribuir com a população e com o melhor funcionamento dos hospitais e unidades de atendimento.

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